terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Anonimato
Hoje eu tô com a cabeça bem leve, bem despreocupado. Caminhei no meu trote normal (que muitos chamam de corrida, mas é o meu jeito, eu caminho rápido...desculpe) com as mãos livres (sem sacolas, wohooo!!!) e até sorria.
*obs: sorrir no centro de POA é fenômeno comparado ao alinhamento de planetas, algo raro e sinistro, dito possível acordar criaturas antigas como Cthullu e Shub´niggurath.
Vi tantos rostos hoje cedo. Com o meu humor mais leve eu tive tempo e oportunidade para olhar os rostos (ok, não apenas os rostos...tb não sou santo!). Sabe, esses dias eu tava pensando em certas coisas...viajando, pra dizer a verdade...em livros, em histórias.
Cada livro é feito de um evento fantástico. Seja real ou ficticio, o evento é sempre fantástico, envolve personagens que são, de um jeito ou de outro, cativantes, enigmáticos, envolventes, e o desenrolar da história é sempre eufórico.
Ninguém escreveria um livro sobre o cotidiano, com personagens anônimos. Sabe pq? Pq ninguém leria. O que seria atraente no dia-a-dia de pessoas comuns, como eu e tu, vivendo momentos mundanos e realizando atividades corriqueiras?
*obs: não vale falar de BBB Aquilo vai contra as leis da probabilidade e bom-senso.
Tantos rostos anônimos que percebi hoje, tantos olhares: preocupados, irritados, vazios e até felizes. Gente de bermuda, de terno e gravata....centenas e centenas de pessoas. Centenas de histórias, de sonhos, anseios, desapontamentos. Centenas de biografias não escritas e jamais lidas. Incógnitas, invisíveis e anônimas.
Culpa nossa, não? Em nossos dias, a coisa que mais fazemos é desviar das pessoas. No centro, no shopping, faculdade, trabalho...nos caminhos da vida. Contornamos esquinas pra não nos depararmos com rostos desconhecidos, ou pior, até conhecidos. Evitamos que trocar uma idéia, um pensamento, um cumprimento sequer. Nos escondemos da multidão dentro dela própria. Nos camuflamos em meio às faces diversas que ao invés de adicionarem as nossas vidas, apenas servem para fugirmos de uma civilização...civilização essa que batalhamos todos os dias para pertencer.
Não é meio estranho? Toda nossa vida, sonharmos em ser alguém...mas todos os dias, fingimos ser ninguém.
Eu sei que é impossível, mas queria poder caminhar nas ruas e saber oq eu alguns sentem, pensam, sonham...compartilhar de sentimentos e temores. Talvez eu ache algo em comum, talvez eu ache coisas horríveis. Mas, independente do resultado, somos todos humanos. Animais perdidos numa selva de concreto e silício. Mas ao invés de andarmos em manadas, vivemos e caçamos sozinhos...aumentado todas as dificuldades que existem nessa trilha.
Se cumprimentássemos com um simples “bom dia” algum desconhecido ou alguém que raramente vemos, as coisas seriam mais agradáveis, mais fáceis. Não seria uma revolução social, mas uma evolução...aos poucos, mas sempre pra frente.
Mas não. Fazemos o contrário. Cara séria, fechada e sem piscar. Caminhando reto e sem parar. Sem dizer nada. Se ouvimos um “olá” ou “por favor”, cara braba e sobrancelhas juntas...algo medonho pra afugentar o “intruso”.
Quantas amizades e amores não deixaram de acontecer por causa disso?
Quantas histórias não foram perdidas e esquecidas? Quantos sonhos não foram abandonados? Quantos sorrisos não morrem antes de nascer?
Quanto tempo vai demorar pra nos tocarmos de que isso ta errado?
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Sexta-Feira 13
Os Templários começaram como um ordem simples e pobre. Guerreiros se alistavam apra lutar nas Cruzadas, financiados pela Igreja. A coisa cresceu, eles ganharam poder (a medida que muitos nobres se alistavam e levavam consigo seu ouro, exércitos, montarias, armas e muitos bens), construiram fortes, castelos, cidades...
Mas não foi só isso. Os Templários tinham uma função especial: delimitar a linha fronteiriça entre territórios católico e muçulmano. Faziam um paredão com suas forças, ou seja, viviam colados no inimigo.
E o que acontece nessa convivencia direta e constante com o inimigo? Guerra aberta e banho de sangue? Em geral, sim. Mas não nesse caso. O império muçulmano era mais desenvolvido que o ocidental, mais culto. Livros, poemas, frutas, comidas, certos hábitos de disciplina, tecidos para roupas, obejtos de arte...muito de nossa cultura de hoje advém desse convivio dos templários com o "inimigo" séculos atrás. Ou vocês acham que o hábito de banho diário e uso de sabonete caiu do céu no colinho de vocês?
Então, Templários ricos, poderosos e amigos dos muçulmanos...(sim, houve muito contato amigável e muita troca de cultura) o que será que a Igreja fez? Fez a cabeça de todos os imbecilzinhos na Europa e levantaram guerra contra os "traidores". O ataque veio de surpresa e, em menor número, após certo tempo, os templários foram derrotados e queimados vivos.
E o último Grão-Mestre dos Templários (o grande general deles), ao ver seu corpo envolto em chamas na fogueira, gritou a plenos pulmões que, por essa traição (verdadeira traição) e blasfêmia, aquele dia seria amaldiçoado para sempre.
E era uma sexta-feira. Dia 13. Esqueci o mês, mas março se não estou enganado (posso estar enganado, sim).
Mas a Igreja fez o contrário. Celebrou o dia como um dia de libertação das forças tiranas e impuras dos templários. um dia da celebração da fé (cega e estúpida) e do derramamento de sangue dos infiéis. Essa versão prosperou por um tempo.
Então o tempo passou, como sempre faz. Dia após dia, e os dias viraram anos, que viraram séculos...e assim foi.
E hoje, pouca gente lembra. Muitos esqueceram da tirania, traição, guerra (estúpida) de fés e deuses que, detão benevolentes, deixam seus filhos se mutilarem em sua glória.
E as versõessobre a origem da fama do dia foi mudando. Impérios se ergueram e caíram, alguns foram esquecidos até por seus descendentes. Culturas se mesclaram, folclores se misturaram....e a verdade acabou sumindo.
Hollywood (ah, como nós te amamos! como precisamos de ti!) trouxe o dia de volta à fama com seus filmes. Inclusive aquele "pavoroso" do Jason-da-máscara. Acho que o Fred-da-mão-com-facas (primo do Edward mãos de tesoura? possibilidades....) também tem algo a ver.
Maldições, profecias, mortos-vivos (com ou sem Michael Jackson? o que te assusta mais? responde Billy Jean!), fantasmas e muitas coisas mirabolantes...tudo pra assustar, divertir. Faz parte da nossa cultura.
Acho que as palaras do Grão-Mestre foram fortes. Após séculos passarem e as culturas se fundirem, foi a sua versão que prevaleceu. Não se celebra a fé nesse dia. Nesse dia, lembramos do maligno, do cruel, do vil. Nesse dia, talvez por superstição, talvez por outro motivo, existe um pedacinho de nós, mesmo que infimo, que sente medo.
Pena que poucos lembram a origem desse mal.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
...pra pensar um pouco.
No princípio dos tempos, reuniram-se vários demônios para fazer uma travessura. Um deles disse:
- "Devemos tirar algo dos humanos, mas, o quê?".
Após muito pensar um disse:
- "Já sei, vamos tirar-lhes a felicidade, mas o problema vai ser onde escondê-la para que não encontrem-na."
Propôs o primeiro:
- "Vamos escondê-la no cume do monte mais alto do mundo."
Ao que imediatamente repôs outro:
- "Não, isso não vai dar certo... alguém pode subir e encontrá-la."
Depois propôs outro:
- "Então vamos escondê-la no fundo do mar."
E outro contestou:
- "Não, lembre que eles são muito curiosos, logo alguém construirá algum aparelho para mergulhar e vão acabar encontrando."
Um outro disse:
- "Escondamos em um planeta longínquo da Terra."
E disseram-lhe:
- "Não, lembre que eles são inteligentes, algum dia alguém vai construir uma nave na qual possa viajar a outros planetas e a vai descobrir, e então todos terão a felicidade."
O último deles era um demônio que tinha permanecido em silêncio escutando atenciosamente cada uma das propostas dos demais. Analisou cada uma delas e então disse:
- "Creio saber onde pôr para que realmente nunca a encontrem."
Todos se voltaram assombrados e surpresos perguntando ao mesmo tempo:
- "Oh... onde... onde?"
O demônio respondeu:
- "Vamos escondê-la dentro deles mesmos, estarão tão ocupados buscando a por aí a fora, que nunca a encontrarão."
Todos concordoram e desde então tem sido assim:
"O humano passa a vida inteira buscando a felicidade sem saber que a traz consigo."
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Não adiantou nada!
Nas avenidas largas, eles fazem uma fileira enorme bem no meio da rua, expondo no chão mesmo os produtos. Alguns levam cabides, araras, banquinhas...é tudo grande, espalhafatoso, eles gritam pra anunciar os produtos, te puxam pelo braço...ocupa muito lugar, e piora quando as pessoas param pra olhar os produtos. A rua, que era larga e espaçosa, vira quase um cubiculo. Os camelôs se adonam do espaço, os pedestres ficam sem onde caminhar...e tu ainda corre o risco de levar um xingão, caso pise num das tranqueiras que eles vendem.
E então, o prefeito resolveu fazer alguma coisa (aleluia, pq ele não fazia nada!) e foi uma jogada de mestre, pois lhe rendeu a reeleição (pq ele sabe que o povo é burro!): mandou construir o camelódromo.
Agora, após inaugurado, o camelódromo está um pouco mais afastado do "burburinho" central. Uma construção de alguns andares, onde os camelôs tem seu espaço. Lá só vai quem realmente quer ver os produtos. Não ocupa o lugar de ninguém, e não há confusões. E no nível da rua, está o antigo terminal de ônibus...agora coberto.
Funcionou pra todo mundo.
Fui hoje no centro, pela primeira vez após a inauguração do camelódromo, e vi o espaço vazio deixado pelos camelôs. Eu fiquei chocado! Eu NUNCA tinha visto a cor do chão naquele lugar. Sério mesmo! E no Largo Grêmio Perez, nossa!...chegava a ser bonito de ver! Todo mundo caminhando tranquilo, sem se bater, sem ter que ir pro meio das ruas onde passam carros só pra desviar dos ...cofcof...mostruários de quinquilharias.
E então, como um castelo de cartas, minha felicidade veio abaixo. Fiquei sabendo que nesse belo espaço livre, será feito um estacionamento.
Genial! Brilhante!...não fosse o fato de ser uma estupidez crítica!
Quer dizer então que, onde não passava carro, terá um grande fluxo de veículos, provavelmente flanelinhas em volta, e eventuais acidentes. Mas o pior é o barulho e mais poluição.
Não quero ser um cidadão chato e lamurioso, que nem um velho reclamão...mas pô, tem cabimento isso? Existem muito estacionamento a preços até razoáveis no centro. E ficam em locais afastados da movimentação de pedestres. Precisa colocar mais um bem ali no coração da multidão? E perto dos ônibus e ruas estreitas?
Cara, isso não vai dar certo!
Não adiantou nada!
Quem mora em Porto Alegre/RS me entende.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Adaptando (pros inaptos?)...[aviso: texto muito longo]
Coraline é um livro do autor inglês Neil Gaiman. O Gaiman ficou (absurdamente) famoso (e com razão!) sendo o criador e escritor da série de HQ Sandman. (lembra da onda de góticos que teve uns anos atrás, as gurias pálidas, vestidas de preto com um ankh prateado no pescoço?...liga os pontos.) Além de Sandman, ele escreveu Belas Maldições, Deuses Americanos, Dream Hunters, Stardust e várias coletâneas de contos e outros livros.
Ah, foi ele um dos responsáveis pelo filme BEOWULF...que tu provavelmente viu, mas não entendeu muito além da parte "vikings fortes lutando contra o filho monstrengo da gostosona".
Stardust (O mistério da esterla) passou em 2008, se não me engano. Filme com Robert de Niro, Michelle Pfeifer e aquela guria loira do Terminator 3. Foi um horror! Pegaram a história do livro e molestaram ela até terem algo terrivel e irreconhecivel em mãos. Então, pegaram atores de nome grande e tocaram lá no meio com personagens ridiculos e sem nenhuma ligação com os originais do livro.
Mas daí vem algum infeliz e diz: "mas é adaptação, não cópia". E depois de um espasmo homicida, eu respondo que adaptações DEVEM um minimo de fidelidade com a obra original, e muita fidelidade com quem já se deu o trabalho de ler o livro.
Eu saí do cinema ofendido após ver Stardust.
O próprio Neil Gaiman já admitiu seu arrependimento.
Muita gente gostou. Claro, não leram o livro. E 90% eles AINDA não sabem que existe um livro "envolvido e perdido" na história.
Afff...
Agora saiu Coraline lá nos países de primeiro mundo (onde a crise financeira mundial se originou, se alastrou e onde teve maior número de vitimas). E o Gaiman se diz satisfeito.
Coraline é um livro ambíguo. E isso é (além de muito dificil de fazer) muito interessante.
Se uma criança o ler, lerá um livro de criança. Se uma pessoa mais velha (SUPOSTAMENTE com maior capacidade de interpretação) o ler, lerá um livro de suspense e horror intimo.
Complicado? Sim. Funciona? Aham.
E fizeram o filme. Obviamente ainda não vi. Mas DIZEM que a fórmula funcionou igual.
O filme é em stop-motion por CGI, então pegaram gente famosa pra fazer as vozes. Tem aquela guriazinha loira que aparecia em tudo que é filme de alien e de suspense, a Dakota Flem-blebleble. Eu, particularmente, não gosto dela. Não vejo graça. Mas DIZEM que ficou bom o filme.
Agora tô no aguardo pra ver com meus próprios olhos...e julgar de acordo com o livro. Recomendo o livro se tu tiver tempo pra ler algo light e bacana.
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Agora, adaptações. Sejamos sinceros, de todas as muitas adaptações que a gente viu Hollywood vomitar nos últimos 10 anos, quantas coisas prestaram? Adaptações de livros, hq, jogos de video-game/pc. Bem, Uwo Boll fez Bloodprayne e Alone in the Dark...duas das maiores catástrofes que já ocorreram. A liga Extraordinária, baseada nas HQs do Alan Moore, foi uma coisa terrível! Sean Connery se aposentou forçosamente, creio eu, depois daquilo. Alan Morre chegou a mandar os diretores e escritores do filme se fuderem quando lhe convidaram para participaram da elaboração do filme.
Mas não se assustem...tem coisa pior vindo ai.
Spiderman, X-Men, Batman, Superman.... tá, essas se salvam (exceto Spiderman 3, X-Men 3 e, pra alguns, Superman). Pelos bons roteiros, boa direção, atuações convincentes e tudo bem feito.
Mas meia dúzia de filmes não salva um exército, né?
O que será que nos aguarda com Watchmen (também de Alan Moore) e Coraline (Neil Gaiman)?!?!
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E afinal, qual é a dessas de adaptações, hein?
Eeu costumava achar que elas vinham do amor que alguém tinha pela obra original, seja livro, hq, jogo, sei lá. E esse amor pela obra e admiração pelo autor faziam com que o diretor/escritor elaborasse todo o filme e mostrasse para o mundo a estória e os personagens em outras cores, com mais vida. Um tributo! Uma homenagem! Um ato de compartilhar uma visão com demais fãs!
Queria saber quando foi que isso mudou.
Isso tudo virou (digo "virou" pq agora é descaradamente o objetivo principal) um ato puramente comercial. E um ato emburrecedor!
Eu disse que 90% não sabia mque Stardust era um livro. E aposto que 99% não sabiam que Beowulf é um dos poemas de guerra mais antigos do mundo, com cerca de 1000 anos...e que seu original nem em inglês era!
Hoje em dia ninguém lê mais nada. Nem o que é obrigatório. Nem bula de remédio, eu acho! Só coisas no Terra sobre BBB, novela, orkut e sei lá o que! E não, não tô falando só das mulheres.
Quando tem feira do livro aqui em POA, a cidade toda vai lá. Não sei porquê, pois os livros comprados raramente são lidos. Exceto os "best sellers" do momento. E olhe lá. E pelo amor de Odin! "Livro de Receitas" e "Anonymous Gourmet" NÃO são livros!
Então, o que anda acontecendo? Simples. A nossa geração pegou a internet (rede mundial de informação) e a transformou num grande portal de burrice! Temos todos os instrumentos do mundo pra sermos mais evoluídos do nossos pais e avós foram. Mas não, somos mais preguiçosos e burros. O fato de termos tudo na ponta dos dedos (pra digitar e clicar no mouse) nos fez preguiçosos.
Se esse texto fosse em um jornal, tu não estaria lendo. Mas é um blog, então tu vai ler até o fim!
As pessoas não abrem mais um livro sequer (ok ok, alguns ainda lêem, e muito! mas são as exceções). Se não fosse cinema e tv, grande maioria do pessoal nem saberia das grandes obras que existem por ai.
Agora, evidente que tem muita coisa que eu sei que tô perdendo. Ótimos livros e demais formas de arte, expressão e conhecimento. Mas eu me mexo e vou atrás de pelo menos um pouco. A massa da população, senta quietinha e espera o filme cair no colinho.
Mas o que é pior, mesmo depois de sair o filme, e mesmo depois de saberem que filme X foi baseado/adaptado do livro X, quanse ninguém procura o maldito livro X pra ler. "Ah, mas eu já sei a história e já sei o final." Mesmo? Já sabe a história? Quer dizer que o diretor conseguiu a façanha de em pouco mais de 2 horas contar TODA a história de um livro de 350 páginas ou mais? E tu (que se recusa a abrir um livro, o que coloca teu intelecto em questão) conseguiu entender tudo? Nossa! Realmente, eu estou equivocado. Não precisamos mais de livros.
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Não, não sou uma fonte de cultura. Nem um sábio senhor sentado no alto do monte. Nem um requintado playboy com tudo à minha disposição.
Sou um leitor. Sou um estudante (azar que eu me formei! Quem pára de estudar morre cerebralmente!). E sou um fã! E me vejo triplamente ofendido e indignado com essa avalanche de ignorância e preguiça!
E sei que não sou só eu!
E se tu leu esse artigo até o fim, é bem provável que tu compartilhe da minha opinião.
Sem tempo pra ficar sem fazer nada...
Tem dias que damos uma de "vagal", queremos fazer alguma coisa agradável, ou até necessária, mas não conseguimos nem mover o dedinho. Não que o dedinho vá ajduar em alguma coisa, né. Mas quanto menos coisa a gente tem pra fazer, menos a gente faz...só dá preguiça!
E o que acontece? A gente vai deixando, deixando...e deixa...não fazemos nada! E tudo vem acumulando pra outro dia, pro final do prazo, pro limite...dai sim, tem um milhão de coisas pra fazer e pouquissimo tempo.
Mas na verdade o tempo é o mesmo, bicho...24h pra cada dia. O lance é como a gente utiliza esse tempo, se é que utilizamos.
Então, olha a mágica: todas as tarefas acumuladas, tempo apertado, tensão comendo o cérebro, dentes comendo as unhas...e conseguimos fazer tudo o que precisa. Aliii...no limite do prazo e da sanidade, mas conseguimos.
Então vem o alívio.
E a preguiça.
E dai...não fazemos mais nada!