O que eu quero demonstrar aqui é como as coisas andam hoje em dia. Pessoas se conehcem em festas, bares, rola alguma coisa legal, mas sem nenhuma aproximação, sem troca de nada. E uma das partes pode ter tamanho desapego pela outra, ou não querer nada com nada ou ser totalmente seca, que opta por ignorar totalmente oq a outra pessoa pensa ou sente.
Bueno, vamulá.
Fulano conhece Fulana num bar, numa festa. Falam pouco, dançam muito. Ela se insinua, se esfrega, se entrega. Ele percebe os sinais, os aceita e faz sua parte (leiam o post sobre rituais que fica mais explicito).
Se beijam, se tocam, se apertam...a camisa dele some de repente e ela morde o peito dele, enquanto as mão deles tocam praticamente tudo dela.
Tudo isso no escuro do bar, onee ninguém “vê” (todos vêem, mas tão se lixando..tão lá pra isso ou só pra curtir e aceitam que isso ocorre no local. É um acordo tácito).
Falam pouco, muito pouco. Quase nenhuma troca de informação além do primeiro nome e números de celulares.
Trocam mensagens, marcam de se encontrarem e repetem a dose.
Mas nenhuma troca ainda, nada de aproximação que não seja física.
Interessante? Sim. Gostoso? Sim. Frutifero? Hm, não.
Ela some. Do nada. Evapora. Não atende ligação, nem responde mensagem.
Ele acha estranho, mas aceita. Afinal, apenas tinham ficado e nenhuma promessa havia sido feita. Faz parte do jogo.
Posteriormente, pela Beutrana, ele sabe que ela teve um passado dificil, complicado e triste. Sendo assombrada até hoje pelo fantasma de um relaciomento desastroso, ela se fecha frequentemente nessas situações. Se apavora e some sem deixar vestigios.
Semanas se passam (e não são poucas), ela dá sinal de vida: um timido e pacato cumprimento e um comentário sobre a rotina. Ele, civilizadamente, responde. Em seguida ela, de forma um tanto desastrosa e muito sem noção, o convida para ir a um motel.
Assim mesmo. Seco. Do nada. Na grossura mesmo.
Ele, já não tão civilizadamente (por ter sido ignorado tempos antes e esquecido por mais de mês, sentindo-se ofendido pelo modo de abordagem) manda-a longe (pra não dizer pior).
Ela diz que “tudo bem” (embora não se desculpe de nada, e aparentemente nem se importe) e some denovo. Dessa vez, ele espera, definitivamente.
Então, oq dá pra tirar daqui? Algumas coisas.
1º) Realmente não dá pra entrar em um relacionamento novo, mesmo que simples e sem compromisso, se tu não tá com a cabeça livre dos teus fantasmas.
2º) A vida segue adiante. E tu tb deve. Fantasmas te assombram se tu permitir. Sim, algumas coisas dóem, e muito. Mas remoer o passado e cutucar feridas só piora. A vida é longa e curta. Curta pra ficar sofrendo e londa pra ser aproveitada. Mas, se tu for burro, consegue inverter essa equação. Daí fode. Só que tu não goza.
3º) A pessoa de agora, não é a pessoa de antes. A pessoa em carne e osso na tua frente não é o fantasma do passado. Conheça essa pessoa, fale com ela, toque-a, escute-a, saiba suas opiniões. Isso vai te ajudar a diferenciá-la de seu poltergeist. Não descarregue nessa pessoa a raiva, dor e dúvida que tu tens quanto ao teu fantasma.
4º) É bom a gente saber sentir mais as coisas que não são ditas. Se não há trocas de informações por um certo tempo, se não rola algo além da ficada fisica, realmente não há futuro. Muito do que a pessoa quer permanece no não-dito. As pessoas só expoem e SE expoem querem algo mais. Se elas se mantem reservadas e quietas, é pq estão mostrando exatamente aquilo que tu vai ganhar: pouco, quase nada. Não eleve expectativas, meça as coisas. E não exponha nada além do necessário, nesse caso.
5º) O “closure”. Se é namoro, ficada, pegação...tudo isso cria um laço, por mais tênue que seja. Mesmo assim, alguma coisa deve ser dita pra que ocorra um término real e definitivo entre as pessoas. Simplesmente sumir e ignorar não é término. Realmente termina a relação, mas não da forma correta. E pode acarretar de criar sentimentos e idéias nada agradáveis.
6º) Mensagens do tipo “venha me comer” são traiçoeiras. Funcionam otimamente entre um casal de marido-mulher, namorados, noivos...pra esses que já tem intimidade. Daí sim, são necessárias poucas ou nenhum palavra pra criar o “clima” (armar a barraca, molhar a fechadura...sacou ou preciso deixar mais explicito?). Afinal, já existe intimidade e tesão reconhecido e mutuamente sabido entre as pessoas. Agora, mandar isso pra um total desconhecido após uma longa e estranha ausência é, no minimo dos minimos, uma grosseria. Não existe tesão, nem clima, nem a menor possibilidadede que algo desse tipo ocorra. Além disso, é muito ofensivo. O que ela acha que ele é? Um tele-pau? (Entediada? Encalhada? Na seca? Ligue já! 0800-COMA-ME).
Esses dias eu tava falando com uma amiga minha, muito querida, justamente sobre relacionamentos (ando falando muito sobre isso com as pessoas, e as mulheres parecem confiar em mim o bastante para render longas e produtivas conversas sobre o assunto). Vimos que a base fundamental de QUALQUER relacionamento (vizinhos, amigos, ficantes, namorados, etc) é o respeito. Nem amor, mas respeito mesmo. Afinal, como tu vai amar se tu não respeita? Seria um paradoxo realmente impossível.
Tem que haver respeito entre as pessoas, consideração em algum nivel, por menor que seja. Deixar-se levar pelo mero tesão ou conveniência não leva à nada, só gera complicação no momento ou depois. Temos que dar relevância ao que a pessoa sente e pensa. Nem sempre existe tesão ou interesse mutuo.
E daí o que acontece? Se quebra a cara, se cria confusão, se provoca uma situação desagradável e desnecessária.
Se existe interesse por uma das partes, que ela invista, mas do modo correto. Pode-se tentar criar uma situação pra verificar o interesse que a outra pessoa sente, ou criar um clima que pode gerar algo. Mas simplesmente olhar pra pessoa e praticamente exigir que ela corresponda à uma vontade momentânea e volátil, além de catastrófico, é ofensivo.
Com isso, tu agride os sentimentos e moral da pessoa, e suja a tua imagem.
Então, pra finalizar: pensem na outra pessoa; sintam sua textura, seu cheiro, seu tesao, seu interesse e vontades; escute-a; conheça-a dentre todas as demais...à partir dai pode-se ver oq tu querer com ela.
As pessoas não são cartas num jogo de baralho, não as descarte, pois elas não voltam. Somos todos iguais no fim do jogo, se não queres ser descartado, não o faça com os outros.
Todos sentimos, pensamos, almejamos e detestamos. Tem o famoso ditado “o que vai, volta”. Pois é, pode voltar na tua cara.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tem o famoso ditado “o que vai, volta”. Pois é, pode voltar na tua cara.
ResponderExcluirAchei um parceiroo..
Metal na veiaa.. Blus e jazz..
Meu forte é metal progressivoo.. uhuuu
tou te seguindoo..
http://twistedclouds.blogspot.com/
Caramba, to chocada! hahaha
ResponderExcluirbrincadeira!
gostei do texto, explicito ao extremo, mas direto ao ponto.
o finalzinho ta excelente. E concordo totalmente com o " Tem o famoso ditado “o que vai, volta”. Pois é, pode voltar na tua cara. "
beijos
cara curti seu texto talmente coerente com os fatos ;D
ResponderExcluirme identifiquei e tbm tu curte metal \O/
como disse o outro cara vou te seguir :]
Belo texto, meu caro. Gostei mesmo. Parabéns pelo post e pelo blog. Abraço!
ResponderExcluirNha, toda razão.
ResponderExcluirTô cansa de ser bejeto sexual.
Agora quero casar, ter filhos e constituir família.
O problema todo é arrumar um cara que pense como você.
Desculpe a demora para responder...hj que coloquei net de novo.Tu tem last,my space??Adoro fazer amigos que curtam música,principalmente metal (de todos os tipos).
ResponderExcluirQue bom que gostou do meu blog de música,já viu a coluna que escrevo na Alternativa digital?...A recíproca é mútua,já estou te seguindo.Belo texto,sensato,direto.
Parabéns!!
bjx
"As pessoas não são cartas num jogo de baralho, não as descarte, pois elas não voltam."
ResponderExcluirMuito bom! Como sempre.